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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Projeto Polícia Amiga aprovada no bairro do Pina

Grande Recife

Projeto Polícia Amiga aprovada no bairro do Pina

Comunidade do Bode, antes dominada pela violência, deu lugar à política da boa vizinhança

26/05/2013 00:38 - Marília Neves do Portal FolhaPE
Pessoas nas ruas conversando tranquilamente, senhoras jogando conversa fora na calçada e o comércio característico da falta de formalidade dos brasileiros voltam a fazer parte da rotina da comunidade do Bode, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. Antes dominada pelo tráfico, pela violência e por um clima de guerra, como relatam os próprios moradores, a região deu lugar à política de boa vizinhança com a chegada dos “policiais amigos”.

De acordo com o líder comunitário Mário Luciano da Silva, 65 anos, antes do projeto de segurança “Polícia Amiga” chegar ao bairro, a situação era bastante complicada. “Antigamente, a gente não andava tranquilo aqui na rua. Sempre tinha tiroteio e até gente sequestrada traziam para cá”, relata. Ele, também conhecido como Marinho, ajudou a fundar a Associação Comunitária há 20 anos, e permanece como líder da população local.

Preocupado com o bem estar de sua comunidade, o senhor, que se locomove com o auxílio de muletas devido a um problema no joelho, faz questão de continuar mobilizando para proteger seus concidadãos. “O projeto foi criado em 2010 e, já naquela época, houve uma redução significativa na criminalidade local”, afirma Marinho. “Recentemente, houve o relançamento do projeto Polícia Amiga”, informa o líder comunitário.

Ele conta que há uma linha telefônica direta entre a viatura da PM e o líder comunitário. De acordo com o novo coordenador da operação, o capitão Luiz Freitas, a ideia é aproximar a comunidade dos policiais. “O principal objetivo da patrulha amiga é inserir-se dentro da comunidade para atuar de forma preventiva. Com o conhecimento da rotina dos cidadãos e das características e necessidades do local, os policiais saberão melhor como agir, pois conhecerão as reais dificuldades das pessoas”, relata.

Para isso, a comunidade se reune mensalmente com os policiais designados para a atividade. O próprio roteiro da viatura e das duas motocicletas usadas pela Polícia Amiga do Bode é estabelecido conforme orientação dos moradores. Além disso, um treinamento foi realizado para os policiais saberem como interagir com as pessoas. “A ideia é que o policial consiga se aproximar das pessoas, que ele seja conhecido pelo nome. Até porque queremos ter uma relação de confiança”, diz o capitão Luiz Freitas.

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